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Sunday, October 30, 2011

Coluna La Source: sobre cockpits cobertos Coluna por Daniel Gomes

A discussão volta e sempre voltará quando pilotos morrerem ou se ferirem e suas mortes tiverem a ver com um cockpit aberto, como Wheldon, Surtees e Pryce, além de tantos outros.

Um cockpit coberto não é a solução de nada, como também não o é um cockpit aberto. Não existe solução para um esporte em que a morte é mais um elemento a ser combatido.

Covered Cockpit concept

A adoção de uma cabine fechada na F1 fere, em primeiro lugar, a tradição. É óbvio que uma solução de segurança nunca pode esbarrar em algo supérfluo como a história estética da categoria, mas o fato é que um dos principais elementos de reconhecimento de um piloto é seu capacete.



Com um cockpit coberto, jamais veríamos com a mesma emoção o lendário capacete amarelo de Senna ou a gota de Piquet que, segundo Sid Mosca, que fez o design, é o símbolo máximo da aerodinâmica.

Em segundo lugar, o argumento contra o cockpit coberto reza que, em caso de emergência, como num incêndio com o carro de cabeça para baixo, o piloto teria dificuldades de sair do cockpit podendo até mesmo não conseguir dependendo da posição.

O problema seria o mesmo em relação aos paramédicos e os comissários de pista, que teriam difícil acesso ao piloto caso ele estivesse desacordado em um incêndio.

De todo modo, é inegável que a cobertura ofereceria proteção quase que perfeita contra objetos vindos em direção ao cockpit, mesmo se o carro capotasse e acertasse pilares, cercas, guard-rails e tudo o mais, como foi o caso de Don Wheldon.

Recentemente testes foram conduzidos para abastecer a FIA de informações quanto à essa difícil decisão e os testes foram bastante conclusivos (assista ao vídeo abaixo). Com um cockpit coberto, acidentes como o de Felipe Massa, John Surtees e Tom Pryce teriam sido evitados, para não dizer o acidente de Ayrton Senna. Todos teriam se salvado.











A verdade é que não existe solução unânime, mesmo se baseando em estatísticas quanto a esta decisão. Todas as opções de cockpit, assim como outras de segurança, vão sempre depender de um punhado de variáveis que jamais podem ser controladas em ambiente de testes. Wheldon não foi o primeiro e também não será o último a morrer nas pistas do automobilismo, não importa o quão seguro seja correr de carro a 350 km/h (existe isso?).

É a natureza da vida e da morte que o esporte insiste em desafiar para o deleite das multidões.

Fonte: podiumgp

Disponível no(a):http://podiumgp.com.br

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